Crônica de Bernartz e Bertran

Acolhido em Poitiers, na corte da célebre Eleonor da Aquitânia, o trovador Bernart de Ventadorn se tornaria o poeta lírico por excelência, através de canções que consolidaram o perfil mais distintivo da escola trovadoresca. Ainda segundo a biografia medieval de Bernart, em seus últimos anos ele se tornou monge, junto à abadia cisterciense de Dalon. Foi a partir desses dados que se concebeu o projeto deste livro: Bernart de Ventadorn, em Dalon, se encontraria com Bertran de Born, que também se recolheria, por volta de 1195, à mesma abadia. Por que Bertran? Porque, além de senhor de Autafort, castelo não muito distante de Ventadorn, representaria algo como um contraponto a Bernart. Senhor feudal, ativo participante dos episódios históricos vividos pela Aquitânia na segunda metade do século XII, Bertran compôs canções bélicas, exortando à luta os barões recalcitrantes. Leituras e pesquisas, realizadas durante a confecção do romance, viriam a revelar que Bertran realmente se recolheu à abadia de Dalon: o encontro fictício e imaginário entre os dois poetas passou a se revestir de probabilidade histórica.
Tags:, , , , , , , , ,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *