Daniel Lucena: algum caminho que me leve ao sul

Daniel Lucena, como eu, nasceu numa cidade do interior. A sensação de alguém com alma de artista, longe das grandes cidades, é de que o mundo inteiro é algo a ser conquistado, caminho que ele trilhou com prazer e competência. Tive a oportunidade de conhecer o Daniel quando ele já era um artista consagrado. Fiquei hipnotizado, em um evento que participamos juntos, com sua postura silenciosa e magnética, que criava ao seu redor respeito e enorme carinho entre seus amigos, companheiros de longa data. Lucena tinha carisma de sobra e era um compositor inspirado. O seu comentário “pela simplicidade das letras e a poesia das mesmas” ao definir o que seria um bom poeta, engana à primeira vista vindo de um criador sofisticado. “Nas manhãs do sul do mundo”, um ícone adorado por seus seguidores, é obra de um compositor de extrema sensibilidade. Mesmo tendo viajado pela Espanha, e sabe lá por onde mais, sua inspiração vinha sobretudo da sua amada Santa Catarina. Depois de muitas peripécias (inclusive era bom de bola) criou uma imagem contemporânea, junto com a excepcional banda Expresso Rural, da boa música que vem do sul do Brasil. Criou imagens poéticas únicas como “Vem salvar meu coração, perdoar o que não fiz/ Eu tenho a solidão que vem no vento sul/ Não pousa avião no teu olhar azul” e certamente está eternizado através de centenas de obras e espetáculos que realizou
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