A Mulher das Letras: cultura, memória e identidade / La Mujer de Letras: cultura, memoria e identidade

A obra reúne onze capítulos de autoria distinta, o que não impede sua unidade, garantida por duas propriedades: em primeiro lugar, são mulheres tanto as autoras dos estudos, quanto o assunto em análise; em segundo, anima-as um propósito comum: conferir visibilidade a autoras nem sempre suficientemente renomadas ou a temas raramente associados à literatura feminina. Assegurada essa convergência, o livro se abre como um leque em que cada haste corresponde a uma questão própria e relevante. A primeira haste diz respeito à procedência das ensaístas, que, trabalhando no Brasil e no Exterior, oferecem um mapa da leitura feminista no Ocidente. Como que contrapondo a visão de Harold Bloom, parecem sugerir um outro cânone, porque seu olhar provém de locais variados, tornando mais pluralista e democrática a perspectiva de onde abordam obras que exemplificam a criatividade de mulheres autoras. É esse o primeiro passo para que o “coração de feministas” possa se transformar em uma voz crítica, una no que diz respeito à dedicação a uma atividade, mas múltipla na distribuição de seu exercício intelectual.
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