A necessidade do indivíduo e da própria sociedade em organizar-se para fazer frente ao processo de envelhecimento, decorre de fatores que impactam a vida das pessoas, como o aumento da expectativa de vida; o declínio de condições individuais de saúde corporal e psíquica; mudanças sociais; a singularização das famílias e de alterações ambientais que incidem sobre o espaço privado e público no qual interage a pessoa idosa. A pesquisa vem contribuindo para ampliar o conhecimento sobre o processo de envelhecimento e seus avanços sendo incorporados à Gerontologia, definida como a ciência do envelhecimento. O seu ramo, Gerontologia Aplicada, direcionado à prática gerontológica, propõe estratégias de intervenções preventivas no âmbito individual corporal/cognitivo e para o ambiente do espaço privado e público onde reside o idoso. Oferece orientações para a prestação de serviços de cuidados que buscam minimizar perdas funcionais decorrentes de patologias degenerativas inerentes ao processo de envelhecimento. São intervenções destinadas a promover a autonomia e independência de pessoas que alcançam os estágios mais avançados do curso de vida. O cuidado à população que envelhece é um tema político de crescente importância social e econômica. As respostas da sociedade para enfrentamento do desafio social e econômico colocado pela população que envelhece precisam ser intersetoriais na implementação de medidas de curto prazo, porque está em curso uma mudança demográfica em velocidade acelerada que assume características epidemiológicas. Precisam ser objetivas, porque é um direito expresso no ordenamento jurídico e institucional brasileiro. Precisam ser criativas, porque existem no país apenas recursos materiais e humanos limitados para ser alocados em estruturas de suporte à vida a população idosa, cujo segmento já alcança um terço da população brasileira. Esta brochura, baseada em revisão de literatura de Gerontologia da língua alemã, francesa, inglesa e portuguesa, tem o propósito de introduzir o leitor na análise das condições que afetam o bem-estar somático e psíquico de pessoas que envelhecem e propor medidas de intervenção que reforcem os pilares que dão suporte à qualidade de vida da pessoa idosa.
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