A Moral Metafísica: Do Conhecimento de Si à Felicidade Segundo Descartes

No Tratado das Paixões da Alma, Descartes, em sua busca da verdadeira felicidade, escreve que o controle das paixões e o uso racional da vontade em relação a estas tornam o homem virtuoso de tal maneira que sua consciência não o censure por ter exagerado, tanto para mais quanto para menos, na manifestação das paixões. O resultado é uma satisfação tão poderosa capaz de tornar o homem feliz, a tal ponto que os mais violentos esforços da paixão nunca são suficientes para perturbar a tranquilidade de sua alma. Este trabalho visa demostrar o caminho seguido por Descartes em direção à verdadeira felicidade a partir do exercício moral e do conhecimento verdadeiro de si, das paixões e de Deus. Uma vez tomada a atitude de uma ação moral, o homem passa a caminhar em direção ao bem. Essa atitude moral leva o homem a uma verdadeira condição de generosidade que é uma virtude que o encaminha em direção à verdadeira felicidade. Essa generosidade faz-se de forma que as pessoas se estimem por ter corretamente utilizado de suas faculdades que tornam os seres humanos mais próximos de Deus. As pessoas generosas possuem pleno controle de suas paixões porque sabem quais são suas paixões e se conhecem o suficiente para saber como e quando agir diante das decisões cotidianas. Para Descartes, uma pessoa generosa alcançou o mais alto grau da virtude no caminho da felicidade.
Tags:, , , , , ,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *