Saúde Indígena: práticas e saberes por um diálogo intercultural

No Brasil convivemos com uma grande diversidade étnica, linguística, cosmológica, social e cultural, o que significa dizer também, que são bem diversos os modos de compreender o corpo, a saúde, a origem e a causa das doenças, bem como o tratamento. Neste sentido a coletânea “Saúde Indígena: práticas e saberes por um diálogo intercultural” apresentauma diversidade de estudos, experiências e práticas de saúde acerca das populações indígenas. Nesse primeiro volume tivemos uma significativa representação de regiões e de povos: Kaingang (Estado de SC); os Ticuna (região do Alto Rio Solimões/AM); os Kyikateje (Estado do PA); os Kaiowa e Guarani (Estado do MS); os Tenetehar-Tembe (Estado do Para); os Karipuna (Estado do AP); etnia Javaé (Estado do TO); os Pataxós (Estado da BA); Parque Nacional do Xingu. Ainda temos manuscritos sobre temas do parto e suicídio nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) e Estados Os textos abordam as práticas das equipes e os saberes dos indígenas sobre diferentes áreas do cuidado em saúde e perspectivas, contribuindo para a discussão sobre o modelo de atenção à saúde das populações indígenas. A compreensão dos saberes e das práticas dos cuidados em saúde indígena são plurais, diversos e diferentes, pois dependem da cosmologia, dos mitos e das tradições de cada povo. Assim, temos a tarefa árdua de nos aproximarmos desses universos simbólicos, crenças e práticas para o exercício de um diálogo intercultural ou diferenciado, exigindo a construção de caminhos da descolonização dos saberes e da promoção de outras formas de poder e de ser.
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