Da ambiguidade ao equívoco: a resistência da língua nos limites da sintaxe e do discurso

Foi com muita alegria que recebi o convite de Maria Cristina Leandro Ferreira para escrever o texto da quarta capa de seu belo livro, Da ambiguidade ao equívoco. Saúdo a reedição deste seu livro tão importante e necessário para refletir sobre “a resistência da língua nos limites da sintaxe e do discurso”, como seu subtítulo sinaliza tão apropriadamente. Este livro é fundamental para quem se interessa pela interface entre língua e discurso, no batimento entre a concepção sistêmica de língua e a concepção de língua que a teoria da análise do discurso pecheutiana forjou. Maria Cristina percorre com segurança os caminhos que vão do impossível gramatical ao impossível de dizer de outro modo, chegando, assim, à falta estruturante, às falhas e brechas que sinalizam a resistência da língua. Através desses desvãos, os sentidos podem deslizar e tornar-se diferentes deles mesmos, pontuando, desse modo, as formas de resistência simbólica que o sujeito, ao inscrever-se na língua, produz.
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