O Chão que Piso

Dizem que o poeta se alimenta de utopias. Diria que me alimento de realidades. Logo, não devo ser poeta. Se minha subsistência advém do vivido, do concreto e do material, devo ser outra coisa. Se meus escritos sobrevivem dos meus passos, tais só se saciam dos meus sonhos. Enquanto rabiscar folha em letra poética for decorrência do instinto, a volúpia da oferta do banquete virá quando ninguém sofrer de fome. É dizer: se alimento meus escritos a partir do que fiz com o chão em que pisei, satisfaço-me, tão somente, com o que vocês irão fazer deles.
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